quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Espessura do papel

Compreende-se espessura do papel a distância medida entre as duas faces da folha.

Cada tipo de papel, segundo sua composição fibrosa, conteúdo de cargas, tratamentos mecânicos aplicados, etc. , assume uma espessura que lhe é inerente.
Vale lembrar que dois papéis que apresentam a mesma gramatura podem ter espessuras diferentes.
Assim como a gramatura, a espessura é um fator de grande influência na maioria das propriedades dos papéis; mantendo-se a mesma gramatura, o papel pode ter diferente rigidez, compressibilidade, porosidade e absorvência da folha, entre outras características.

Papéis importados, em sua maioria, apresentam espessuras menores (considerando-se as mesmas gramaturas dos papéis nacionais). Sendo assim, um couche 150g importado parece menos espesso do que um couche 150g nacional. Isso acontece devido ao grau de compactação da folha.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Gramatura

Define-se como gramatura do papel o peso em gramas de um metro quadrado de uma folha de papel, por isso sempre especifica-se: g/m².


A gramatura é a característica mais importante e talvez a mais facilmente identificável do papel.
Tem sua importância comercial baseada no fato de que o papel normalmente é comercializado por peso, o que influencia fortemente nos custos.
Por isso, sempre que se analisa o preço do papel, principalmente quando se compara com outro, devem ser levadas em consideração as diferenças de gramatura.

Normalmente o preço por quilo não muda entre papéis de mesma característica, por exemplo, um couche 90g/m² tem o mesmo preço por quilo do 115, do 150, do 170, etc.

A diferença no preço final do impresso se dá porque como se compra papel por quilo, quando temos 170g, vamos gastar mais papel (em peso) do que se usássemos um papel 115g, por exemplo.

Bom final de semana!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Papel - Características mensuráveis - introdução

Quais as características do papel que devemos levar em conta antes de escolher qual usar para o nosso produto ou serviço?
Bem, antes de mais nada, devemos prestar atenção na utilização do trabalho depois de impresso.
Não adianta escolher um papel muito barato para trabalhos elaborados, nem escolher um papel muito caro quando a produção será de uma quantidade muito grande de peças.
Temos que levar ainda em conta em que mercado a empresa está inserida, e qual a tendência desse mercado (exemplo: os bancos adotaram a linha do papel reciclado há algum tempo, é uma tendência forte a ser levada em consideração).
A legibilidade e a arte final também deve ser levada em consideração, pois o papel (sua coloração e textura) pode influenciar diretamente no resultado da impressão.
Falando dos papéis mais convencionais, acredito que as características principais seriam as Visíveis (Gramatura, Espessura, Brancura, Opacidade, Cor e Textura) e as Invisíveis (Tipo de Fibra, Colagem, pH e Umidade).
Nas próximas postagens vamos falar de cada uma dessas características, mas de nada vale analisá-las sem antes observar aquilo que foi dito nos parágrafos acima.
Abraços!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Papel Reciclado - uma discussão que vale a pena!

O segmento gráfico é um dos que mais depende da fabricação de papel no mundo. Nada do que fazemos faz sentido se o papel não existir.
Com um crescimento constante (e sem volta) da preocupação ambiental, lança-se sobre nós um olhar crítico, sobre o que estamos fazendo a respeito da preservação do meio ambiente.
Temas como sustentabilidade, gestão de resíduos e desperdício estão cada vez mais em voga, e o uso do papel reciclado tem aumentado consideravelmente em nossas oficinas.
Cabe aqui uma discussão bem interessante, a qual não vou conseguir explanar em apenas uma postagem e nunca sem a ajuda daqueles que lêem esse blog: Será mesmo que o uso do papel reciclado traz benefícios ao meio ambiente?
Bem, em primeiro lugar, somos em nossa maioria (as gráficas) meros prestadores de serviço. Isto significa dizer que não somos nós quem decidimos ou não pelo uso do papel reciclado, e sim nossos clientes com suas políticas sociais e ambientais.
O que fazemos é imprimir o material do cliente no papel escolhido PELO CLIENTE.
De qualquer forma, tenho sido questionado por alguns clientes a respeito do tema, pois a reciclagem, quando feita de forma irresponsável, pode degradar mais o meio ambiente do que a fabricação responsável de papel novo. Isso é um fato.
Andei pesquisando a respeito do tema, e realmente, o que tem que ser verificado não é se a matéria-prima é ou não reciclada, mas sim como foi produzido esse ou aquele papel.
Já se tem notícias de empresas que estão abandonando o uso do papel reciclado (Natura, por exemplo) pois através de pesquisas têm identificado que a reciclagem tem sido mais nociva do que a fabricação feita por empresas responsáveis e com certificado de reflorestamento.
Por outro lado, a volta ao uso do papel branco, traz de volta uma "imagem" negativa perante a sociedade, e deve ser muito bem embasada de forma técnica, pois durante anos muitas empresas usaram papel reciclado cunhando uma imagem de "preocupação ambiental" na mente de seus clientes.
Vou continuar minhas pesquisas, não tenho uma opinião formada a respeito do assunto, caso eu descubra algo novo, posto aqui pra vcs.
Saudações e bom final de semana!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

MBA em Vendas

Ontem foi o último dia de aula do semestre! Sim, estou de férias.
Pra quem ainda não sabe, após 6 anos de formado em Tecnologia Gráfica voltei pras carteiras da sala de aula e estou cursando MBA em Vendas, pela Anhembi Morumbi!
É muito bom voltar pra escola, ainda mais tratando-se de um MBA no qual tenho convivido com pessoas muito seguras daquilo que querem. Ótimos relacionamentos (comerciais ou não) estão surgindo. Grandes amigos, talvez (só o tempo vai dizer).
Resolvi voltar estudar, mas não queria voltar a fazer algo em artes gráficas, queria mudar um pouco (não que eu já soubesse tudo sobre o assunto - longe disso aliás).
Mesmo já tendo estudado 8 anos sobre produção gráfica e com mais de 15 anos de experiência profissional, ainda assim acho que tenho muito mais a aprender do que já aprendi nesses anos todos.
Mesmo assim, como tinha que priorizar necessidades, achei que era hora de buscar uma especialização naquilo que mais gosto de fazer: vendas!
Dizem que saber vender não se aprende na escola, que se "nasce sabendo".
Pode ser, e realmente, nem sei mesmo se sei vender.
O que sei, é que sei servir!
E pra servir, com excelência, tem que ser bom, muito bom. O melhor.
Não sei se estou tendo sucesso, mas olha, estou tentando de todas as formas ser o melhor contato comercial de artes gráficas que vc já ouviu falar. Por isso voltei a estudar, pra poder lhe servir da melhor maneira que estiver ao meu alcance!
Bons negócios, boas impressões pra vc!
Bjos, abraços e bom final de semana.
Luiz

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Disseminação

Dizem que um cliente satisfeito conta pra 3, e que um cliente insatisfeito conta pra 10.
Bem, modéstia à parte, tenho bons motivos pra crer que cada um de vcs, amigos e clientes, estão nesse momento falando pra 3 dos seus amigos e clientes o quanto é seguro trabalhar com o Luiz Alex, na área de produção gráfica!
Acontece que seus amigos não estão me ligandoooooooo... hellooooooo....
Por favor, vcs precisam ser mais incisivos na disseminação.
Ontem a Fabi, uma amiga e cliente me falou sobre fidelização na produção gráfica. Quem sabe o que precisa não fica fazendo leilão de preços. Claro, sempre busca um preço justo, mas respeita o fornecedor e parceiro comercial. Gosto de trabalhar com todos os clientes, mas especialmente com os clientes que tem o perfil da Fabi.
Gosta do meu atendimento? Conta pra todo mundo... vou ficar feliz de atender seus amigos também!
Bom dia à todos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Atendimento técnico especializado!

Ao precisar de um médico, procuramos sempre nos consultar com o melhor profissional que nosso bolso possa pagar. Ao precisar de um advogado, idem.
Dentistas, engenheiros, arquitetos, e uma infinidade de profissões são avalizados por um diploma, por uma formação, por uma escola.
O que mais me chateia no ramo gráfico de vendas é que, muitos dos meus colegas “caíram” na profissão de vendas por não ter tido outra oportunidade melhor em outra carreira. Já ouvi muito a frase: “Ah, não deu certo em orçamento? Vá ser vendedor, dizem por aí que ta dando dinheiro...”.
Tudo bem que o sujeito entre no segmento dessa forma, mas tem colegas meus que antes de se tornarem vendedores de gráfica eram feirantes, trabalhavam na distribuição de medicamentos, vendiam bebidas, e por aí vai. Nada contra essas honrosas profissões, mas o indivíduo sai da feira e entra numa gráfica sem saber diferenciar couchê de offset, achando que o branco é mais uma cor a ser impressa. Como um profissional desses vai conseguir cumprir todo aquele ritual de transformar o subjetivo alheio em material impresso?
O ideal é que, antes de vender serviços gráficos o futuro profissional deva se inteirar do básico, do mínimo possível, da forma mais genérica, sobre o que é Artes Gráficas, e isso infelizmente ainda não é uma unanimidade.
Dado esse passo inicial, com a inicialização na profissão, e com as dificuldades que vão aparecendo no dia-a-dia, o aprendizado deve continuar, e nunca mais deve parar. Há que se buscar um curso técnico, um curso superior, uma especialização e quantos forem necessários cursos de aperfeiçoamento.
Na impossibilidade de que isso seja feito, seja por falta de tempo ou falta de dinheiro, tem que se usar a própria estrutura da gráfica para que se obtenham certos conhecimentos, mínimos que sejam, mais de forma contínua, diária, aprendendo um pouco por dia sobre o segmento em que agora atua.
Quando um comprador chama um representante da gráfica que pretende contratar, o mínimo que ele espera é que seu interlocutor saiba o que está falando, quais são as limitações da empresa que representa, saiba discursar a respeito do seu potencial.
O serviço gráfico, por muitas vezes (talvez a maioria delas) é comprado por alguém que não entende de gráfica, ou que entende muito pouco.
Quando uma pessoa vai ao médico, sabe alguma coisa de medicina. Todos sabem que analgésico não é o remédio mais indicado pra tratar uma infecção, e que tomar antibiótico pra dor de cabeça seria uma sandice.
Mas vamos ao médico, porque esse nosso parco conhecimento de medicina não é suficiente para resolver nosso problema.
Do vendedor de gráfica, o comprador (paciente) espera que seja emitido no mínimo um pouco mais de conhecimento do assunto do que se ele estivesse sozinho. O vendedor é o médico, que deve receitar qual a melhor solução técnica para determinado problema que se desenha a cada novo projeto.
O vendedor deve ser o advogado, que sabe melhor a lei em que se basear para ganhar a causa do cliente, é o dentista que só vai fazer o canal do dente se não houver outra forma de salvá-lo, o vendedor é quase sempre o único canal de comunicação que o cliente tem com a empresa que vai produzir seu trabalho, supõe-se que seja alguém que entenda do assunto.
Ao mesmo tempo, entendido ou não das artes gráficas, o profissional não pode deixar de entender de vendas, de relacionamento, de fechamento de negócios. É por isso que tenho colegas ex-feirantes (existe alguém mais especialista na área de vendas do que um sujeito que tem que disputar na “unha” cada freguesa que passa perto de sua banca?). Só que não se espera o mesmo conhecimento técnico do feirante, porque o abacaxi que ele diz ser o melhor, está ali, a disposição para que a dona de casa prove, experimente, saboreie, e tire, sozinha, suas próprias conclusões. Ela pode comprar preço e qualidade na hora, e decidir qual abacaxi lhe dá o melhor custo-benefício. No caso do vendedor de gráfica, isso não é possível. O que vai mostrar se sua empresa é melhor ou não do que a concorrente é exatamente a forma como ele discursa a respeito do assunto.
O mercado gráfico nacional se modernizou, tem os melhores equipamentos que nunca teve, posicionou-se na vanguarda em termos de acabamentos diferenciados, foram investidos milhões de reais nos últimos anos em tecnologia. Mas ainda temos um sério problema de formação na área comercial, ou porque quem entrou nela não tinha, ou porque quem se forma não quer trabalhar em vendas.
Aos poucos esse preconceito deve acabar, muitas boas gráficas já enxergam no vendedor uma ferramenta poderosa para crescer, e valorizam tal reconhecimento, treinando, premiando, dando suporte para que ele desenvolva todo esse trabalho.

O vendedor precisa ter recursos suficientes para sentar perante uma equipe de criação e receber informações de toda uma campanha, oferecendo as melhores condições técnicas e econômicas para viabilizar o projeto, sem descaracterizar a criação original.
É o vendedor que pode convencer o cliente a transformar uma peça de pantone em cromia, com objetivo de imprimir junto com outro material da mesma campanha diminuindo custos. Da mesma forma é o mesmo sujeito que vai convencer o cliente a imprimir aquele azul chapado, que foi criando em cromia, como uma cor especial, sob risco de ele manchar ou de não ficar igual em todas as páginas se for mantido o projeto inicial em cromia.
Ele precisa avisar antes o cliente de que se ele não substituir aquele verniz UV por laminação brilho, corre o risco de o folheto ficar rachado na dobra, ou que se não for aplicado um verniz de proteção, provavelmente o material vai manchar ao toque das mãos.
O vendedor, nada mais é, do que um grande “solucionador de problemas”, mas ele precisa atuar nisso antes do problema ocorrer, ele precisa olhar para o projeto gráfico e fazer previsões sobre como aquilo vai ficar quando pronto.
O cliente não tem que pensar nisso, porque se ele precisar pensar em todas as fases de produção, não precisaria ter um vendedor para lhe dar suporte. E o cliente sabe disso, e devolve o material caso não receba aquilo que ele imaginava que iria receber, e quem amarga o prejuízo é sempre a gráfica.
O projeto sempre pode ser modificado antes que o pedido esteja assinado e colocado dentro da gráfica, e muitas vezes ainda pode ser mudado mesmo depois disso. Só não é possível modificá-lo depois que o material está pronto, impresso e acabado. Aí não adianta mais avisar o cliente de que ele deveria ter pedido aplicação de verniz de proteção, não há mais o que fazer, e jogar a culpa de um erro técnico sobre o cliente é “dar um tiro no próprio pé”.

domingo, 14 de junho de 2009

Como é ser o responsável pela produção artística de criação alheia?

A produção artística é um dos tipos de produções que mais mexe com aquele que produziu. O orgulho (positivamente falando) e o reconhecimento por ter criado esta ou aquela obra, são juntamente com a recompensa financeira os maiores pagamentos que um artista pode receber pela sua criação.
Tão importantes são esses dois fatores, que por muitas vezes o artista dispensa a recompensa financeira apenas em nome do reconhecimento, da imortalização, da aparição pública, do aplauso, ou simplesmente do prazer.
A obra do artista, seja plástica, literária, musical, ou qualquer outra forma de expressão artística, é o maior bem que seu produtor possui, é o orgulho de sua profissão, é a “menina dos olhos” do criador.
Porém, falando genericamente, o artista não precisa de mais ninguém para que sua obra seja completada, finalizada e apreciada por todos. O pintor leva 5 minutos ou 50 anos para finalizar uma tela, mas quando acaba, acabou. É só expô-la. O músico cria sua partitura sozinho ou acompanhado, mas a finalização fica por conta do indivíduo ou do grupo que trabalhou na obra, um cd gravado não tem o poder de modificar a obra. O poeta pode rimar amor com dor, ou amor com olor, dependendo do contexto, da imaginação, da inspiração, mas ninguém vai ousar dizer que se a rima tivesse sido feita de outra forma teria sido melhor ou pior, a obra é apresentada pronta, e qualquer alteração a descaracterizaria.
O profissional de criação gráfica publicitária tem que lidar com o fato de que sua obra será finalizada por outro, ou por outros.
Ele cria o “layout”, a “arte final” o conceito que hoje é visto na tela de um computador, ou em um “boneco” montado manualmente, mas não é por isso que em sua mente não está claro como aquilo deve ficar após a finalização pela gráfica. Para o artista é lucidamente claro o resultado final de sua obra, porque ela também está pronta, só que na sua cabeça, na sua imaginação.
A gráfica que lidar com o projeto criado pelo artista vai lidar com essa variável, que não é palpável, que só é tangível por uma fração de minuto, o cruzamento das linhas entre produção e criação, a idéia do diretor de arte, do designer, do diretor de criação.
O nome da profissão Técnico em Artes Gráficas é uma insanidade permitida, porque técnico transmite a idéia de números, de geometria, de aritmética, de precisão, mas seguido da expressão Artes Gráficas, deve somar-se ao imaginário, ao sorriso e à lágrima, às sensações. O sujeito recebe uma formação técnica pra aprender a interpretar aquilo que não é técnico.
O profissional de vendas de artes gráficas, formado em uma escola ou não, é um Técnico em Artes Gráficas, porque usa metodologia científica pra falar de cores, de formas abstratas, de arte. Ele será o responsável, na linha de frente, de reproduzir tecnicamente os sonhos. Ele deve interpretar que aquele preto tem que ser “bem preto” ou tem que ser meio acinzentado mesmo, de acordo com o que ouve do seu criador, e saber tecnicamente, como passar para esse artista, aquilo que ele deve fazer para que aquele preto fique como ele imagina, para que o leigo que pegar aquele impresso, sinta a sensação que o artista desejou provocar, e que o resultado (normalmente econômico) da peça gráfica seja alcançado.
Já acompanhei aprovação em máquina de trabalhos cujo artista me disse que o damasco (fruta) que aparecia em determinada página tinha que ficar em determinada tonalidade de laranja, porque senão pareceria damasco espanhol e não o turco, e não há prova analógica ou digital que corresponda a esse tipo de expectativa se não houver um Técnico acompanhando a impressão do trabalho.
Se o damasco ficar diferente, o produto é outro, o cliente que procura o produto original não vai se interessar por aquele outro que agora aparece na imagem. Ao mesmo tempo há na página, ou na folha de máquina uma noz ou um palmito, cuja variação no amarelo pode fazer o produto parecer velho, e se o tratamento de imagem não tiver sido bem feito, não há como equilibrar as cores de forma mecânica para que o palmito pareça saudável e o damasco pareça o turco.
O artista pode imaginar uma cor sólida, desenvolver todo seu projeto pensando naquela cor, mas por problemas de verba pode precisar converter aquilo em quadricromia, usando cores CMYK, mas em seu imaginativo continua enxergando aquela cor pura e imaculada.
Alguém que vai mexer naquilo depois da criação precisa ter conhecimento e disposição para avisar o artista de que a cor que ele imaginou será impossível reproduzir em esquema de composição, e esse papel cabe ao vendedor técnico, que não sabe criar, mas sabe exatamente como precisa lidar com a criação alheia.
Junto com tudo isso, o profissional não pode se esquecer de que em sua carreira ele tem um objetivo maior: o de vender suas horas de máquina, de preencher sua produção, de manter suas máquinas funcionando, de atingir metas e agregar valor ao faturamento da empresa. Ele precisa apresentar resultados, e se não apresentá-los, por melhor profissional técnico que seja, não terá lugar no mundo dos negócios, vai precisar arranjar emprego em uma área interna da gráfica, onde poderá usar o conhecimento técnico que tem, e não vai precisar desenvolver nenhuma técnica de vendas mais apurada.
É uma tarefa árdua, recompensadora para quem consegue manter-se vivo nessa carreira, mas causadora de muitas desistências entre aqueles que se aventuram ou ousam entrar nessa profissão.
Para os iniciantes em vendas, é importante ter conhecimento técnico ou ter um excelente apoio técnico dentro da gráfica. Para os que permanecem na carreira, é imprescindível conhecer o produto que vende, suas variantes, suas particularidades. Sem conhecimento a chance de perder um cliente na primeira encomenda é muito grande, porque o conhecimento é exatamente o que fará com que o vendedor disposto ouça nas entrelinhas tudo o que o cliente espera daquele trabalho e não disse diretamente.
O conhecimento faz com que o vendedor consiga tratar com o cuidado que exige um trabalho de criação de outrem. O conhecimento vai gerar satisfação quando o trabalho for entregue.

Boa semana!

domingo, 31 de maio de 2009

VENDA DE SERVIÇO SOB ENCOMENDA

Não é “privilégio” do vendedor do ramo gráfico vender serviços sob encomenda.
Uma casa construída por empreitada, por exemplo, cujo projeto seja exclusivo para um determinado cliente, nada mais é do que um serviço sob encomenda.
Um equipamento desenvolvido com um fim específico para um grande extrator de minério, como uma perfuradeira de solo, que terá utilidade somente para determinado tipo de perfuração, é um produto sob encomenda.
O serviço gráfico de forma geral, encomendado para cada departamento da empresa, ou para distribuição externa, formulários, envelopes, papel timbrado, folhetos, catálogos, malas diretas, são serviços, como outros, sob encomenda.
Acontece que na construção de uma casa, o cliente pode ser consultado em cada etapa, sobre que tipo de granito será usado na pia da cozinha, que tipo de revestimento será usado nas paredes, que material será mais indicado para o corrimão das escadas. Dentre as várias opções de piso para a sala, o cliente escolhe um assoalho de madeira, e daí ele tem uma vasta gama de matérias primas e pode tocá-las, observá-las e senti-las, tudo isso antes da instalação final, minimizando quase que totalmente a chance de que venha a se decepcionar.
O grande desafio é trazer esse tipo de pré-consulta ao ramo gráfico, no qual os pedidos muitas vezes são de valores financeiros importantes, e transformar a subjetividade do cliente em objetividade para o corpo de profissionais produtivos (profissionais esses que não conhecem o cliente, que nunca o viram, e que provavelmente nunca o verão).
O conhecimento do vendedor tem que ser de tal importância na negociação, que só com base nele a produção consiga transformar matéria prima em produto final para aquele exclusivo cliente. O vendedor é um intérprete, um tradutor, que ouve o cliente falando em russo, pensa em português, fala com a produção em grego, acompanha o trabalho falando grego para que aqueles que só sabem falar grego consigam produzir russo, e quando está frente a frente com o cliente, ouve e assimila os elogios e as criticas, em russo, voltando pra gráfica pra falar em grego aquilo que ouviu.
Parece complicado, mas a subjetividade vai muito além, não é raro existirem duas, três ou mais pessoas envolvidas no interesse direto da encomenda do serviço gráfico dentro de uma mesma empresa-cliente. Quando tem diretor, presidente, vice-presidente, CEO, gerente, muitas vezes cada um fala um idioma. O vendedor, quando tem contato com mais de uma pessoa, tem que ter disposição pra ouvir a todos. Isso sem falar das agências de publicidade, grandes compradoras de serviços gráficos em nome de terceiros.
Também é muito comum que muitas das fases do processo sejam feitas fora da gráfica, como alguns tipos de acabamento, por exemplo. É comum que a gráfica faça a pré-impressão e a impressão e mande para um terceirizado fazer a laminação fosca, e para outro terceiro fazer o hot stamping, para outro contratado fazer a colagem da lombada e assim sucessivamente. Esse complexo processo em cadeia se dá com linguagens peculiares a cada tipo de processo, à cultura de cada empresa, e com toda complexidade inerente ao processo gráfico que por natureza já não é nada simples.
Junta-se a isso o fato de que o cliente atrasa a entrada dos arquivos, exige cumprimento dos prazos, exige qualidade irretocável, pede todos os descontos financeiros que pode (como qualquer outro cliente de qualquer outro processo), estica os prazos de pagamento, segura as provas pra fazer alterações nos arquivos, altera as premissas, pede pra trocar de papel quando o papel já está comprado mas tem um evento que começa as 6h da manhã seguinte, no qual, claro, seu material será distribuído à todos os convidados.
Isso torna o profissional de vendas das artes gráficas (somente aquele que busca incansavelmente o sucesso), um sujeito versátil, de pensamento dinâmico, ligado, extremamente “antenado” com todas as etapas da fabricação.
A venda dessa encomenda é um desafio que só pode ser cumprido se o profissional da área comercial tiver a disposição de ir até o cliente, ouvir a todos os envolvidos, extrair suas expectativas e seus anseios. Só terá sucesso aquele profissional que tenha conhecimento suficiente para acompanhar cada etapa do processo, ou disposição para transformar a linguagem subjetiva do cliente em objetividade para seus colegas da gráfica, responsáveis pela impressão e acabamento.
Só terá sucesso a empresa que além de investir milhões de reais em equipamentos e processo, também investir no corpo comercial, oferecendo treinamento e formação, aprimoramento e aperfeiçoamento.
O vendedor de gráfica vende o equivalente a um vestido de noiva, e tal qual o estilista, seu trabalho será apreciado no momento da chegada, e será avaliado ali, sendo aclamado ou execrado, de acordo com a expectativa que a noiva e sua família tinham para aquele momento tão especial.
A única diferença, é que o estilista vende e faz, e o vendedor gráfico apenas vende, deixando a cargo de outros o ato da execução.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A difícil arte de ser vendedor técnico em artes gráficas!

Serviços de impressão gráfica são uma promessa.
Vender serviços gráficos tem certas peculiaridades que somente quem já participou do processo pode ter requisitos para saber.
A grande maioria dos produtos que se vende é possível de ser exibida ao cliente antes da compra ser efetivada. Dentro de uma loja ou entre empresas distantes, é possível descrever suas características, enviar amostras, testá-las, apalpá-las, ligar, desligar, ouvir, cheirar, sentir, olhar sua beleza, comparar com outros produtos parecidos e chegar a conclusões.
O vendedor de parafusos pode falar da liga utilizada no metal, da composição química que oferece a melhor resistência, que dá características anti-corrosivas à peça. Pode-se falar da perfeição da rosca cujo erro chega no máximo a X micras ou da pequena variação dimensional quando exposto ao calor. Como no serviço gráfico, a apresentação do produto é livre, podendo-se falar qualquer coisa (verdadeira) a respeito do mesmo, mas a grande vantagem que tem o vendedor de parafusos, é que pode oferecer o produto final para o cliente testar antes de fechar a compra.
O vendedor de televisores pode ligar o aparelho, passar os canais, mostrar a imagem na tela, exibir o som estéreo, o cliente pode medir a peça pra ver se cabe no móvel que tem em casa, pode verificar quantas entradas tem para equipamentos auxiliares, para antenas VHF, UHF ou digital, verificar a voltagem, etc.
O vendedor de viagens pode mostrar fotos, filmes, catálogos com os destinos, pode mostrar o tipo de avião em que o cliente vai viajar, o cliente pode decidir por quantas estrelas está disposto a pagar e sabe que vai encontrar tais e tais vantagens quanto maior o número de estrelas que seu hotel tiver.
Em todas essas e outras milhares de carreiras comerciais, o vendedor pode mostrar seu produto, de uma forma mais, ou menos direta, mas ele tem a vantagem de poder apresentar pro seu cliente exatamente aquilo que ele vai comprar, receber, usar.
O vendedor de serviços gráficos de impressão promocional e editorial lida com uma variável que até aqui não foi mencionada, porque apesar de importante, ela é quase que anulada no processo de compra em outros segmentos que não o gráfico: a expectativa de seu cliente.
Ao ir atrás de um aparelho de som, o cliente tem expectativas quanto à qualidade do som emitido pelo aparelho, quanto ao design do display, quanto aos Watts de potência, mas consegue verificar e validar suas expectativas durante o processo de compras, enquanto experimenta o aparelho, na loja, e se não for aquilo exatamente que procurava por aquele preço, ele não compra, ou leva de outra marca, ou, na pior das hipóteses leva de outra loja.
O cliente que pretende comprar um presunto importado, caríssimo, para servir como aperitivo degusta a iguaria no supermercado, experimenta todas as sensações que o sabor de marca X lhe proporciona e que o da marca Y não realça, e só daí ele pode decidir sobre qual produto levar, e quando for servir o mesmo aos seus convidados, tem certeza de que o sabor que sentiu na loja será o mesmo que seus amigos vão experimentar agora.
O cliente que encomenda um broadside, um catálogo, um folheto, tem somente em sua cabeça o brilho do papel, a intensidade da cor, o efeito que a imagem deve causar, o toque da laminação, o corpo do papel que espera receber, e muitas outras variantes.
O vendedor que atende esse tipo de cliente lida com variantes tão subjetivas quanto poesia, quanto música, pintura, ou quanto qualquer outro tipo de arte.
O cliente que recebe um serviço gráfico do qual não gostou, pode explicar esse seu desgosto usando locuções adjetivas como: “faltou vida”, ou “ficou agressivo demais”, ou “precisava de mais alegria”.
É comum o vendedor ouvir que está sendo escolhido para um novo trabalho, porque a gráfica anterior que entregou o último catálogo foi desqualificada porque o dono do material não gostou, mas que não sabe explicar bem o porquê. Apenas não gostou.
Ele tem que aceitar o desafio, em nome da sua empresa, de que o cliente vai entregar um cd ou outra mídia qualquer, onde estão gravados dados binários digitais (0 e 1), cujo nome técnico se dá por “arte final”, e que, ao final do processo, o cliente vai receber fisicamente em suas mãos exatamente aquilo que até hoje só ele imaginou como iria ficar.
Vender serviço gráfico é acreditar-se capaz de ouvir, observar, sentir, imaginar e interpretar o “sonho” do cliente, e aceitar transformá-lo em realidade.
Mas o mundo dos negócios é um mundo técnico demais para lidar com tanta subjetividade, e a objetividade de se vender serviços gráficos é tanta quanto a de se vender carros, panelas, liquidificadores, mancais industriais, cadeiras pra escritório ou qualquer outra coisa que se possa vender em sociedade capitalista: LUCRO.
O vendedor gráfico vende o POSTER pro cliente, mas ele está na verdade vendendo a hora de máquina da sua empresa, com objetivo de pagar os custos fixos e que ao final do mês todos os custos tenham sido pagos com certa sobra.
Ou seja, não há espaço para que subjetivamente um cliente devolva um trabalho porque faltou “inspiração”. Isso traria (e às vezes traz) dois grandes prejuízos à empresa gráfica, sendo o primeiro direto, pela devolução, ou pela concessão de um desconto devido insatisfação do cliente e por medo de perdê-lo; e o segundo indireto, no qual um cliente insatisfeito com o trabalho da gráfica dificilmente voltará a comprar da mesma, podendo ainda fazer propaganda negativa da gráfica à sua rede de contatos.
Mas como lidar com tal desafio, de tornar seu cliente satisfeito com seu trabalho sem que ele possa ver antes e atestar que é exatamente aquilo que ele desejava? Como vender de forma segura, produzir milhões de impressos iguais, tendo a garantia de aquilo que se está produzindo é exatamente o que o cliente espera que seja feito? Como aliar o desafio de satisfazer o cliente ao desafio de manter a empresa girando, sem parar, pra que ela possa pagar suas despesas fixas e crescer com o resultado financeiro do seu trabalho?
A resposta é simples: Com conhecimento e disposição.
As empresas gráficas que se destacam, investem em equipamentos, em mão de obra especializada, inovam processos, mas não chegam a resultado algum se seu corpo de vendas não for munido dessas duas características. Conhecimento e disposição.
Até a próxima postagem, vou continuar falando do assunto.
Bom FDS.

domingo, 17 de maio de 2009

Convenções, apenas convenções.

Vira e mexe noto uma certa confusão quando temos que transmitir a alguém o número de páginas de uma peça gráfica. Normalmente o problema está quando um fala "caderno", pensando em "lâmina" e o outro entende "caderno" com várias lâminas.
Como estou no meio gráfico, e vivo esse assunto muito mais do que meus leitores (normalmente designers e publicitários) vou dizer como fazemos normalmente, para que possamos usar a mesma forma de interpretação e não ter mais confusão.

Página: é cada face de uma unidade de leitura, impressa ou não. Se temos um folheto, 420x297 mm aberto, 210x297 mm fechado, impresso 4x4 cores e dobrado ao meio, temos uma lâmina contendo 4 páginas.
Convencionando que, página recebe esse nome estando ou não impressa, significa que, mesmo que tenhamos um folheto 15x21 cm, impresso 1x0 cor, teremos 2 páginas, sendo a página da frente impressa e a do verso em branco, então, NÃO EXISTE NADA COM 1 PÁGINA E PRINCIPALMENTE, NADA COM NÚMERO ÍMPAR DE PÁGINAS.
Qualquer peça gráfica precisa ter no mínimo 2 (duas) páginas, e, qualquer número de páginas acima disso DEVE ser par.

Lâmina: aqui temos 2 linhas diferentes a tomar.
Quando falamos de impressos grampeados, ou costurados, ou com lombada quadrada (tipo hotmelt), necessariamente temos que construir a peça com grupos de 4 páginas, ou seja, folhas dobradas ao meio contendo 4 páginas.
Pense então em "desconstruir" a revista VEJA (nosso exemplo agora).
Retire dela os grampos, e individualize cada "unidade gráfica impressa".
Vamos CONVENCIONAR de chamar cada uma dessas "partes" que devem medir algo próximo a 420x280 mm, de lâmina.
Portanto, quando falamos "lamina" estamos falando aqui de grupos de 4 páginas!
Então, quando alguém quer nos passar uma revista com 40 páginas, está querendo dizer, 10 lâminas.
Aqui uma pausa. As vezes recebo e-mails me pedindo cotação para um catálogo com 2 grampos e 42 páginas totais. Ora, se só tenho como grampear grupos de 4 páginas, como farei pra grampear essas 2 páginas soltas? NÃO TEM COMO.
Ou fazemos 44 páginas, ou 40 páginas. E isso é um desafio para os designers e diretores de arte, que devem adaptar o projeto ao sistema que escolheram para sua produção.
Bem, nem preciso dizer que 43 páginas é algo absolutamente fora de cogitação, certo?

Mas continuando a falar de lâmina, existe uma exceção: espiral, wire-o ou acabamentos similares.
Neste caso, a unidade impressa "desconstruída" não é de 4 páginas, mas de 2 páginas.
Se pegarmos uma apostila, por exemplo, e retirarmos o espiral da mesma, o que vamos ver são várias "folhas" soltas e sem nenhuma dobra.
Essas folhas, sendo impressas frente e verso, ou só frente, como já dissemos, são consideradas grupos de 2 (duas) páginas. Ou seja, no caso de apostilas, manuais e outros impressos, cujo acabamento é espiral ou similar, cada lâmina tem 2 páginas.
Uma apostila com 40 páginas 210x297 mm, então, significa, com 20 lâminas 210x297 mm.
Importante: a apostila pode ter apenas 20 páginas de texto, sendo que só as páginas da FRENTE são impressas, mesmo assim, devemos dizer APOSTILA COM 40 PÁGINAS, e especificar: 20 laminas 210x297 mm, impressas apenas frente.
Neste caso, podemos ter uma peça com 42 páginas, pois seria o mesmo que dizer 21 lâminas com 2 páginas cada, ok?

Mas o que são cadernos?
Cadernos são os "grupos" de lâminas unidos para impressão de acordo com o formato de entrada da máquina em que o material será impresso.
É uma nomenclatura usada DENTRO da gráfica, uma vez que cada gráfica tem seus formatos de impressão. Normalmente, não precisa ser usada por clientes de gráfica. Mas mesmo assim, vou exemplificar aqui (vou usar uma revista como exemplo).

Revista, 48 páginas em couche 115g + capa em couche 150g. Tiragem, 10.000 peças, toda a 4x4 cores:
Para essa tiragem, normalmente as gráficas imprimem a revista em máquina de folha-inteira.
Se a revista tem formato 210x280 (ou algo parecido com isso), significa que, a máquina consegue imprimir CADERNOS de 16 páginas, ou seja, cadernos formados por grupos de 4 laminas.
Então, para impressão de uma revista dessas, teremos 3 cadernos de 16 páginas + 1 caderno (tira-retira - falaremos sobre isso em próximas postagens) da capa.

Espero ter ajudado mais uma vez, e qualquer dúvida sobre o assunto, se eu puder responder, estou a disposição.

Abraços a todos, e uma boa semana!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Páginas espelhadas com tarjas uniformes



Ora, ora.


Mais uma vez caiu em minhas mãos um catálogo com tarjas uniformes em todas as páginas, com espelhamento.


Cada vez que vejo um trabalho desse chega me dá arrepios, porque é um tipo de produção "louca" pra dar problemas.


O que costuma ocorrer é um "bandeiramento" entre as cores de cada página, ou seja, a cor que deveria ser uniforme fica mais carregada em uma página, menos na outra, mais azulada em outra, mais avermelhada em outra, é uma loucura (de verdade).


É o tipo de desafio que pode fazer perder o sono o melhor impressor. Pior ainda se o material for "aberto" em um turno e "fechado" em outro, por impressores diferentes... PAI DO CÉU, é um DEUS NOS ACUDA.


Já vi trabalhos assim produzidos nas melhores gráficas de São Paulo (não vou citar nomes, mas pense aí em gráficas famosas, todas elas estão inclusas nas minhas observações, não se preocupe), e todas elas tiveram problemas com esse tipo de produção.


Se isso ocasionou ou não devolução por conta do cliente não tenho como saber, o que posso dizer é que dá pra diminuir os efeitos do problema, mas zerar totalmente é praticamente impossível.


A cor mais sensível a pequenas alterações na carga de tinta é o azul, ou são os tons de azul escuro (que levam grande percentual de magenta e cian). A mínima variação na carga de uma dessas duas cores leva a resultados muito diferentes de uma página pra outra.


O que precisamos levar em consideração é que: PÁGINAS DIFERENTES levam tarjas QUE DEVEM SER IGUAIS.


As páginas são diferentes entre si, porque imagens (fotos) que aparecem em uma, não aparecem em outra. Enquanto em uma temos um grande fundo vermelho, na outra temos uma outra foto, com fundo verde. Pra fazer o tal fundo vermelho o impressor precisa carregar em magenta e amarelo (sem modificar o tom de azul da tarja - não esqueça que como eu já disse, leva muito magenta), porém, na página que está sendo impressa ao lado, temos um fundão verde, que NÃO LEVA NADA, ou quase nada DE MAGENTA mas a tarja em cima é exatamente igual, ou seja, temos que trabalhar com menos magenta (pra não sujar o verde) mas ainda assim vamos precisar carregar no magenta por causa da tal tarja.


Isso torna a vida do impressor um verdadeiro inferno, horas de máquina, horas de acerto, pra tentar chegar em um resultado apenas satisfatório.


Como evitar esse problema? Em offset convencional ainda não há como. O sistema de impressão não tem recursos para acabar definitivamente com a deficiência. É um problema mecânico do processo, devido à posição de impressão das páginas em relação a abertura do tinteiro da máquina.


O que acontece em muitos casos é que, sabendo que poderemos ter problemas na tarja, sugerimos ao cliente alterar o projeto e trabalhar com uma quinta cor (azul pantone) nessa parte do projeto gráfico. Isso pode onerar um pouco (só um pouco) o projeto, mas garante 100% de fidelidade nas tarjas e nas fotos.


Quando isso é impossível (no caso da tarja em questão ela é resultado de uma imagem e não de um vetor, tornando impossível convertê-la pra quinta cor), o que fazemos normalmente é pedir uma aprovação em máquina pelo cliente, na qual FATALMENTE ele será obrigado a sacrificar algumas imagens (modificando um pouco sua tonalidade) em nome de manter a uniformidade das tarjas).


Outro dilema, claro. O produto que o cliente quer vender é a luminária (neste caso) e não a tarja, mas quando alguém pega o catálogo nas mãos vai notar primeiramente que a tarja não está uniforme em todas as páginas.


É uma discussão interessante, mas para o trabalho em questão meu cliente esteve na Garilli hoje e ficou satisfeito com o resultado. Nem todas as imagens ficaram iguaizinhas na prova e na impressão, mas dentro do que se esperava, o cliente adorou o trabalho.


Caso vc tenha vivenciado algo parecido e tenha encontrado uma boa solução, divida com nosso ESCRITÓRIO DE ARTES GRÁFICAS, afinal, estamos todos pensando em melhorar os resultados da indústria gráfica nacional.


Saudações alvi-negras (com tarja preta, porque aí não tem problema, preto fica sempre igual!).






quarta-feira, 15 de abril de 2009

Embala Minas

Reunindo cerca de 120.000 indústrias, representada por 134 sindicatos, Minas Gerais desponta como uma das principais forças empreendedoras do País. Diversificada e competitiva, a economia de Minas Gerais e Região desponta como um importante pólo de usuários de embalagens, processos industriais e logísticas em vários setores. Neste cenário de grandes transformações e crescimento, acontece de 14 a 16 de abril de 2009 a EMBALA Minas, nas modernas instalações do EXPOMINAS em Belo Horizonte. A Feira, nona edição do Programa EMBALA, consolidou sua importância para o mercado representado por Minas Gerais e regiões sob sua zona de influência e conta com mais de 250 expositores para atender a demanda de crescimento, acima da média nacional, registrada nestes mercados. A feira tem como destaque em 2009, o 3º Minas EXPOGRAF, Salão de Fornecedores para a Indústria Gráfica, que somados aos setores de processos, design, flexografia e indústrias do papel e do plástico, fazem da EMBALA Minas um dos mais completos eventos voltados a vários segmentos industriais e comerciais. A EMBALA Minas é realizada paralelamente Minas Expomix, Feira da Cadeia de Abastecimento de Minas Gerais, que reúne atacadistas, distribuidores fazendo do evento um pólo dinâmico para geração de negócios, para expositores com foco neste segmento, incluindo logística, embalagens de transportes, embalagens para o comercio, fast food.Amplie o alcance de sua empresa e produtos, participando da EMBALA Minas, uma alternativa para diversificação de sua estratégia de promoção e negócios em uma região de forte expansão de novos mercados.
fonte: http://www.greenfield-brm.com/embalaminas/#

terça-feira, 14 de abril de 2009

FORMATO A4, AFINAL, O QUE É ISSO?


O padrão internacional para tamanho de papéis ISO 216 é baseado no padrão alemão DIN 476. Partindo do sistema métrico, o formato-base é uma folha de papel medindo 1 m² de área (A0).

O grande trunfo é a proporção entre os lados do papel, a mesma em todos os tamanhos do padrão, aproximadamente igual a (raiz quadrada de 2, igual a 1,4142…), que tem a propriedade de se manter quando a folha é cortada pela metade ou dobrada.

Sucessivos cortes definem a série A de tamanhos A1, A2, A3, A4…, cujas medidas são arredondadas na ordem dos milímetros. Manter a mesma proporção entre diferentes tamanhos, propriedade inexistente nos formatos tradicionais de papel, facilita a ampliação e redução de um tamanho para o outro e a confecção de folhetos e brochuras com duas páginas em cada folha, na qual o tamanho do papel deve ser, na série, de uma ordem acima do tamanho da página, p.ex., folhas A3 são dobradas para fazer brochuras A4.

No decorrer do século 20, o padrão foi adotado em todos os países exceto EUA e Canadá, países que também são os únicos a ainda não adotarem inteiramente o sistema métrico. No México, Colômbia e Filipinas, apesar do padrão ISO ter sido oficialmente adotado, o formato US Letter é ainda de uso comum.

As vantagens de basear o formato de papel na razão já havia sido notado em 1768 pelo cientista alemão Georg Christoph Lichtenberg (em uma carta para Johann Beckmann). No começo do século XX, Walter Porstmann fez da idéia de Lichtenberg um sistema de fato para diferentes tamanhos de papel, que foi introduzido como padrão DIN 476 em 1922, substituindo uma vasta variedade de outros formatos.

O padrão DIN 476 espalhou-se rápido para outros países. Antes da deflagração da Segunda Guerra Mundial ele foi adotado pelas seguintes nações:
Bélgica (1924)
Países Baixos (1925)
Noruega (1926)
Suíça (1929)
Suécia (1930)
União Soviética (1934)
Hungria (1938)
Itália (1939)

Durante a guerra, foi adotado pelo Uruguai (1942), Argentina (1943) e Brasil (1943), e após o armistício, continuou a se difundir para:
Espanha (1947)
Áustria (1948)
Romênia (1949)
Japão (1951)
Dinamarca (1953)
Checoslováquia (1953)
Israel (1954)
Portugal (1954)
Iugoslávia (1956)
Índia (1957)
Polônia (1957)
Reino Unido (1959)
Venezuela (1962)
Nova Zelândia (1963)
Islândia (1964)
México (1965)
África do Sul (1966)
França (1967)
Peru (1967)
Turquia (1967)
Chile (1968)
Grécia (1970)
Zimbábwe (1970)
Singapura (1970)
Bangladesh (1972)
Tailândia (1973)
Barbados (1973)
Austrália (1974)
Equador (1974)
Colômbia (1975)
Kuwait (1975)


Em 1975, tantos países usavam o sistema alemão que ele foi estabelecido como padrão ISO, e também como o formato de documentação ofical das Nações Unidas. Em 1977, o A4 era o formato padrão de cartas em 88 de 148 países, e hoje apenas os EUA e o Canadá não adotaram o sistema.


Por terem todos a mesma proporção, o padrão ISO 216 facilita o redimensionamento de documentos entre seus tamanhos, prevenindo perda de imagem. Assim, uma página A4 pode ser ampliada para A3 retendo as mesmas proporções do documento original. Uma opção comum em fotocopiadoras é a amplicação ou redução de A4 para A3 e vice-versa, aplicando um redimensionamento de 141% () ou 71% (), na altura e largura do documento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cores CMYK, cores RGB - Para meus amigos Roberto e Macarrão!

Ontem recebi um telefonema do meu amigo e cliente Roberto.
Cliente de alguns anos, e confiante no meu trabalho, sempre que tem uma dúvida técnica ele me liga para debater o assunto.

Dessa vez, meu amigo comprou uma belíssima imagem de um banco de imagens, na qual havia um tom de azul que impressionava pela pureza.

O Roberto, designer e fotógrafo experiente, estava tendo sérias dificuldades quando convertia a tal imagem de RGB para CMYK. Aquele azul, que era justamente o motivo de uso da imagem escolhida, ficava apagado, sujo e principalmente, não atendia mais a necessidade de comunicação do trabalho.









Ele me ligou por isso, pra tentar descobrir se havia alguma forma de fazer a conversão sem prejudicar tanto aquela que era a principal característica da imagem.











Conversei com o "Macarrão", encarregado de pré-impressão da Garilli, que mexeu na imagem de todas as formas, e até ligou pra outros amigos que trabalham em outras empresas, para ver se alguém conhecia alguma ferramenta que ajudasse nessa conversão. Nada.


Resolvi escrever algo sobre o assunto.

O "Gamut" de cores (ou "conjunto" de cores), representa as cores que podem ser reproduzidas utilizando-se essa ou aquela ferramenta.

De forma simplificada, o "gamut" reproduzível em RGB é apenas uma pequena parcela do espectro visível.
Ou seja, muitas cores que vemos na natureza ainda não podem ser reproduzidas em monitores e aparelhos de TV por exemplo, pois estes usam o padrão RGB para representação das cores.

Ainda assim, a quantidade de cores que podem ser reproduzidas em um tubo de raios catódicos ou em um monitor LCD é muito maior do que se consegue imprimir com o uso de tintas.


Isso ocorre porque conseguimos uma "pureza" muito maior com luzes RGB, do que com tintas CMYK.
Pra se ter uma idéia das limitações técnicas em termos gráficos, pense em um triângulo cujos vértices sejam cada um uma cor RGB (verde em cima, vermelho no pé direito e azul violeta no pé esquerdo).
As cores que vamos conseguir reproduzir em CMYK estão contidas dentro de um outro triângulo, que está inserido nesse primeiro, e de ponta-cabeça.

Tentei fazer um desenho disso de forma aproximada e colei aqui (mas sou péssimo nisso, ok?).

Se prestarmos atenção vamos perceber que uma quantidade imensa de cores fica de fora do "gamut" CMYK.


Por isso que meu amigo Roberto não consegue reproduzir o AZUL.

Encontramos para isso soluções no uso de cores especiais (por exemplo Pantone), que não dependem da mistura de tintas, mas que em muitos casos tornam o trabalho mais caro.


Bom final de semana a todos.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Oração do sofrido vendedor gráfico

PAPAI DO CÉU

Peço a intervenção do SENHOR pois O TREM TÁ FÉIO AQUI EM BAIXO... mas vai melhorar com sua ajuda!
- ABENÇOE MEUS QUERIDÍSSIMOS CLIENTES PARA Q ELES CONQUISTEM ÓTIMAS CONTAS NOVAS... com clientes que pagam em dia; de preferência (mas pagando dentro de 3 meses tá bom...); e façam poucas emendas...rsrs
- Que eles não escolham uma gráfica somente pelo valor do orçamento e sim, pelo melhor custo x benefício.
- Que valorizem o meu atendimento; experiência e atenção dispensada pois sabem que dependo deles para sobreviver.
- Que eu interaja muito bem com eles conhecendo cada vez mais da profissão para que a escolha do papel, formato, faca, etc, sejam sempre corretas para satisfação completa deles e de seus clientes.
- Que eu consiga fidelizá-los com minha competência e com a qualidade do serviço da gráfica que trabalho. Que tenham tanta satisfação que até nos indiquem para os amigos, parceiros, inimigos, sogra etc..
- Que eu seja intuído e pegue o erro (qualquer erro) antes de entrar em produção, evitando prejuízos.
- Que a gráfica onde trabalhar seja competente, ágil nos orçamentos, ágil na produção, pontual e que nunca negue fazer a produção da minha cada vez mais "suada" e "concorrida" venda.
- Que as boas gráficas e vendedores sejam abençoadas e que não se destruam pela concorrência desenfreada. Abeçoa principalmente os que não enganam o cliente trocando o papel bom por algum inferior.
- Senhor, me abençoe também com sabedoria, com bastante paciência e competência pois meus clientes deixam tudo para a última hora...
- obrigado, Amém!!!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cursos Técnicos em Artes Gráficas (gratuitos)

A escola Senai Theobaldo De Nigris, está com as inscrições abertas de 09 a 27/03/2009 para os Cursos Técnicos de pré-impressão, impressão offset e rotogravura e flexografia (gratuitos).
A taxa da inscrição é de R$ 35,00 e a prova de seleção será realizada dia 26/04.
Para mais informações:
Escola Senai Theobaldo De Nigris Rua Bresser, 2315 - Mooca Tel: 2797-6333
E-mail: senaigrafica@sp.senai.br

Aproveitamento de papel quando realmente importa (1)

Há tanto pra se falar sobre o assunto aproveitamento de papel que ainda nem sei por onde começar.
Uma das principais dúvidas dos meus clientes e amigos diz respeito à produção de revistas e catálogos. O que é melhor, usar o formato 21x28 cm ou 21x29,7 cm? E porque?

Posso afirmar categoricamente: use 21x28 cm.

Para se produzir um catálogo (ou revista) no formato 21x29,7 cm, temos necessariamente que usar o papel no formato 66x96 cm (pois é o formato que dá melhor aproveitamento).
Na montagem, para esse formato de folha, cabem 16 páginas em uma folha inteira, sendo que a área ocupada será de 4989,6 cm². Se a folha 66x96 cm tem uma área total de 6336 cm², vamos jogar fora 1346,4 cm² de papel para cada 16 páginas impressas, ou seja, 21,25% de todo o papel vai virar aparas.

Trabalhando-se com o formato 21x28 cm, podemos usar o papel de fábrica no formato 89x117 cm (formato de melhor aproveitamento).
Na montagem para esse formato de folha cabem 32 páginas em uma folha inteira, sendo que a área ocupada será de 9408 cm². Se a folha 89x117 cm tem uma área total de 10413 cm², jogaremos fora 1005 cm² de papel para cada 32 páginas impressas, ou seja, 9,65% de todo papel.

Comparando-se as 2 situações e optando-se pela segunda alternativa, pode-se economizar, em papel cerca da 11,60 %.

Vale lembrar que a redução de área por página será de aproximadamente 5,7%, facilmente adaptável ao seu projeto gráfico.

Espero ter ajudado!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Atender, atender, atender...


Atendimento ao cliente é um grande desafio.

É necessário ter em si uma filosofia de servir enraizada tão fortemente que faz com que todo o resto se torne menos importante. Não interessa o que vc vende. Se vc vende, vc serve.

Queria deixar aqui, um pensamento de Gandhi, que reflete bem o que pra mim deve ser o segredo do sucesso de grandes empresas, ou mesmo de pequenas empresas, mas que trabalham com seus clientes plenamente satisfeitos.

Se vc é meu cliente, penso assim sobre você.

Bom final de semana!


"O Cliente é o visitante mais importante nas nossas premissas.

Ele não depende de nós, nós dependemos dele.

Ele não significa uma interrupção do nosso trabalho e sim o propósito dele.

Ele não está fora das nossas premissas, mas é parte dela.

Nós não estamos fazendo favores quando o servimos.

Ele é que está nos dando a oportunidade de servi-lo."


Mahatma Gandhi, 1890.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Ronaldo das Artes Gráficas

Corinthiano que sou, não posso deixar de comentar o gol do fenômeno no jogo de ontem!
Mesmo que eu não fosse corinthiano, ou mesmo que ele tivesse optado por ficar no Flamengo, agora eu estaria admirado do mesmo jeito, o cara é o cara, não?
Como disse o Faustão, na sequência do jogo, o Ronaldo é que nem massa de pão, quanto mais apanha, mais ele cresce.
Ele pode não ter mais 20 anos, pode ter 3 remendos sérios nos joelhos e ligamentos, pode se envolver em escândalos e estar um pouquinho acima do peso, mas se é pra fazer gol, ah, isso ele faz!
Entrevistado pelo Mauro Naves, da TV Globo, logo após o jogo (aliás, ele só parou pra dar entrevista quando viu o microfone da Globo, hein?), ele disse a seguinte frase: "Modéstia à parte, isso é o que eu sei fazer com perfeição".
Eu diria, modéstia à parte meeeeeesmo, rsrsrs.
Bem, hoje pela manhã, recebi uma ligação do Romeu, de uma nova editora, que passei a atender em fevereiro, e cuja primeira publicação entreguei impressa na sexta-feira passada. Ele me disse que ficou muito satisfeito com o atendimento de forma geral, mas principalmente com a qualidade do material que recebeu.
Não perdi a deixa: "Romeu, como disse o Ronaldo após o jogo ontem: modéstia a parte, isso é o que eu sei fazer com perfeição".
Saudações a todos!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Papel Acid Free

Acid Free ou livre de ácido é o papel no qual em sua composição não foi utilizado nenhum produto com reação ácida ou que, com o passar do tempo se decomponha produzindo resíduos ácidos.
Essa denominação nos leva aos papéis que utilizam cola animal em sua composição, para desenvolverem uma resistência parcial à água. Esse processo foi usual até a metade do século XIX em papéis artesanais para que tivessem uma resistência parcial à água necessária, porque a escrita era feita com tinta azul à base de sais de ferro dissolvidos em água. A absorção do corante com base água penetrava no papel, onde se fixava, mas sem se espalhar. Para secagem era necessário o uso de um “mata borrão” que absorvia o excesso de tinta e evitava que o papel escrito borrasse. A utilização da cola animal deu a este processo o termo de colagem do papel para escrita.
Em meados do século XIX, a produção de papel em máquinas contínuas permitiu a utilização de outras matérias primas além das fibras têxteis. Com o processo da polpação de madeiras, surgiu um novo processo de colagem de papel com uma resina natural, de origem vegetal, proveniente de madeiras coniformes, principalmente pinheiros.
Essa resina natural, também chamada de breu é muito eficiente por permitir uma impermeabilidade controlada da superfície do papel. O breu é solúvel em soda antes de ser adicionado à massa do papel e como tem carga negativa, assim como a celulose, é necessário adicionar uma substância para criar uma carga positiva na resina. Isso se conseguiu com a utilização do “alumen” (sulfato de alumínio) e como ele tem uma reação fortemente ácida, esse processo passou a ser denominado de colagem ácida. Esta prática se expandiu e foi muito utilizada até o final do Séc. XX. Ainda hoje mais da metade dos papéis produzidos no mundo seguem esse processo de colagem ácida.
As características do processo de colagem ácida resultam em um papel com boa qualidade para escrita e impressões em geral. Mas, por ter uma superfície com reação ácida (pH entre 4 e 5) com o tempo o sulfato de alumínio restante libera resíduos ácidos que tendem a atacar as fibras de celulose e os papéis têm uma duração menor que os papéis antigos que utilizavam colagem animal.
Por conta disso ocorreu uma grande procura por papéis com colagem animal que passaram a ser fabricados novamente.
A partir de década de 70 surgiu um novo processo de colagem feito com a utilização de resinas sintéticas, com boa reatividade com a celulose sem a necessidade de produtos ácidos.
Esse novo processo foi escolhido por permitir a utilização de um novo pigmento como carga que é o carbonato de cálcio, inicialmente de origem natural como pó de mármore e depois sintetizado como pó precipitado. Como os dois são brancos o resultado foi uma brancura nunca antes atingida na fabricação do papel. Este processo de produção de papel passou a ser chamada de colagem alcalina e se difundiu pelo mundo todo.
Desta forma, é possível produzir hoje papel com colagem sintética com uma superfície com reação neutra e também papel com colagem sintética com reação alcalina. Ambos os produtos são considerados Acid Free como os papéis antigos produzidos geralmente de maneira artesanal, por terem uma reação neutra ligeiramente ácida.
Os papéis Acid Free são os preferidos dos artistas plásticos e pintores para trabalhos em aquarela, óleo e acrílico. Esse tipo de papel é também recomendado para restauração e conservação de documentos por serem papéis de longa permanência.
Fonte: http://www.filiperson.com.br/suportetecnico_001.asp

terça-feira, 3 de março de 2009

Carnaval 2010


Ahhh, o carnaval.
Todo mundo gosta de carnaval. Bem, quase todo mundo deve ter pelo menos um motivo pra gostar do carnaval.
Há quem goste da folia, da festa, daquela "obrigação de ser feliz com data marcada".
Há aqueles que gostam do feriado, da oportunidade de pegar a família e "zupt", sumir.
Tem quem goste de ver o desfile das escolas de samba pela televisão, ou quem aproveite a cidade vazia pra conhecer seus encantos escondidos sem ter que passar pelo perrengue de enfrentar o trânsito, condução lotada, filas, etc.
Se vc procurar bem, deve ter algum motivo pra vc gostar também.
Mas olha só, trabalhar em vendas e ter que "esperar" o carnaval para o ano comercial começar, é sacanagem, né?
Poxa, eu adoro tudo isso que tem aí em cima, feriado, festa, folia, descanso, cidade vazia, e tal. Mas será que não dáva mesmo pra gente começar a trabalhar dia 02 de janeiro?
Vamos combinar, em 2010, quando chegar o carnaval o pessoal que trabalha em vendas precisa ter grana pra curtir a folia. Se vier um trabalhinho de cada lado as coisas vão ser bem melhores.
Então tá, ano que vem tá combinado, paramos só na semana da folia, ok?
Feliz ano novo, já que esse tá começando só agora.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Venda de Produto x Venda de Serviço

Vender serviços gráficos tem certas peculiaridades que somente quem já participou do processo pode ter requisitos para saber.
Para a grande maioria dos produtos que se vende é possível haver exibição ao cliente antes da compra ser efetivada. Dentro de uma loja ou entre empresas distantes, é possível descrever suas características, enviar amostras, testá-las, apalpá-las, ligar, desligar, ouvir, cheirar, sentir, olhar sua beleza, comparar com outros produtos parecidos e chegar a conclusões.
O vendedor de parafusos pode falar da liga utilizada no metal, da composição química que oferece a melhor resistência, que dá características anti-corrosivas à peça. Pode-se falar da perfeição da rosca cujo erro chega no máximo a X micras ou da pequena variação dimensional quando exposto ao calor. Como no serviço gráfico, a apresentação do produto é livre, podendo-se falar qualquer coisa (verdadeira) a respeito do mesmo, mas a grande vantagem que tem o vendedor de parafusos, é que pode oferecer o produto final para o cliente testar antes de fechar a compra.
O vendedor de televisores pode ligar o aparelho, passar os canais, mostrar a imagem na tela, exibir o som estéreo, o cliente pode medir a peça pra ver se cabe no móvel que tem em casa, pode verificar quantas entradas tem para equipamentos auxiliares, para antenas VHF, UHF ou digital, verificar a voltagem, etc.
O vendedor de viagens pode mostrar fotos, filmes, catálogos com os destinos, pode mostrar o tipo de avião em que o cliente vai viajar, o cliente pode decidir por quantas estrelas está disposto a pagar e sabe que vai encontrar tais e tais vantagens quanto maior o número de estrelas que seu hotel tiver.
Em todas essas e outras milhares de carreiras comerciais, o vendedor pode mostrar seu produto, de uma forma mais, ou menos direta, mas ele tem a vantagem de poder apresentar pro seu cliente exatamente aquilo que ele vai comprar, receber, usar.
O vendedor de serviços gráficos de impressão promocional e editorial lida com uma variável que até aqui não foi mencionada, porque apesar de importante, ela é quase que anulada no processo de compra em outros segmentos que não o gráfico: a expectativa de seu cliente.
Ao ir atrás de um aparelho de som, o cliente tem expectativas quanto à qualidade do som emitido pelo aparelho, quanto ao design do display, quanto aos Watts de potência, mas consegue verificar e validar suas expectativas durante o processo de compras, enquanto experimenta o aparelho, na loja, e se não for aquilo exatamente que procurava por aquele preço, ele não compra, ou leva de outra marca, ou, na pior das hipóteses leva de outra loja.
O cliente que pretende comprar um presunto importado, caríssimo, para servir como aperitivo, degusta a iguaria no supermercado, experimenta todas as sensações que o sabor de marca X lhe proporciona e que o da marca Y não realça, e só daí ele pode decidir sobre qual produto levar, e quando for servir o mesmo aos seus convidados, tem certeza de que o sabor que sentiu na loja será o mesmo que seus amigos vão experimentar agora.
O cliente que encomenda um broadside, um catálogo, um folheto, tem somente em sua cabeça o brilho do papel, a intensidade da cor, o efeito que a imagem deve causar, o toque da laminação, o corpo do papel que espera receber, e muitas outras variantes.
O vendedor que atende esse tipo de cliente lida com variantes tão subjetivas quanto poesia, quanto música, pintura, ou quanto qualquer outro tipo de arte.
O cliente que recebe um serviço gráfico do qual não gostou, pode explicar esse seu desgosto usando locuções adjetivas como: “faltou vida”, ou “ficou agressivo demais”, ou “precisava de mais alegria”.
É comum o vendedor ouvir que está sendo escolhido para um novo trabalho, devido a gráfica anterior que entregou o último catálogo ter sido desqualificada porque o dono do material não gostou, mas que não sabe explicar bem o porquê. Apenas não gostou.
Ele tem que aceitar o desafio, em nome da sua empresa, de que o cliente vai entregar um cd ou outra mídia qualquer, onde estão gravados dados binários digitais (0 e 1), cujo nome técnico se dá por “arte final”, e que, ao final do processo, o cliente vai receber fisicamente em suas mãos exatamente aquilo que até hoje só ele imaginou como iria ficar.
Vender serviço gráfico é acreditar-se capaz de ouvir, observar, sentir, imaginar e interpretar o “sonho” do cliente, e aceitar transformá-lo em realidade.
Mas o mundo dos negócios é um mundo técnico demais para lidar com tanta subjetividade, e a objetividade de se vender serviços gráficos é tanta quanto a de se vender carros, panelas, liquidificadores, mancais industriais, cadeiras pra escritório ou qualquer outra coisa que se possa vender em sociedade capitalista: LUCRO.
O vendedor gráfico vende o POSTER pro cliente, mas ele está na verdade vendendo a hora de máquina da sua empresa, com objetivo de pagar os custos fixos e que ao final do mês todos os custos tenham sido pagos com certa sobra.
Ou seja, não há espaço para que subjetivamente um cliente devolva um trabalho porque faltou “inspiração”. Isso traria (e às vezes traz) dois grandes prejuízos à empresa gráfica, sendo o primeiro direto, pela devolução, ou pela concessão de um desconto devido insatisfação do cliente e por medo de perdê-lo; e o segundo indireto, no qual um cliente insatisfeito com o trabalho da gráfica dificilmente voltará a comprar da mesma, podendo ainda fazer propaganda negativa da gráfica à sua rede de contatos.
Mas como lidar com tal desafio, de tornar seu cliente satisfeito com seu trabalho sem que ele possa ver antes e atestar que é exatamente aquilo que ele desejava? Como vender de forma segura, produzir milhões de impressos iguais, tendo a garantia de aquilo que se está produzindo é exatamente o que o cliente espera que seja feito? Como aliar o desafio de satisfazer o cliente ao desafio de manter a empresa girando, sem parar, pra que ela possa pagar suas despesas fixas e crescer com o resultado financeiro do seu trabalho?
A resposta é simples: Com conhecimento e disposição.
As empresas gráficas que se destacam, investem em equipamentos, em mão de obra especializada, inovam processos, mas não chegam a resultado algum se seu corpo de vendas não for munido dessas duas características. Conhecimento e disposição.
Um abraço.
Luiz Alex

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tipografia e evolução...

Há alguns anos eu ouvia dizer que a tipografia iria acabar.
Eu estava no SENAI, aos meus 15, 16 anos, e a tipografia era uma matéria ativa da grade curricular do curso técnico em artes gráficas que eu frequentava naquele momento. Na verdade, o assunto era tratado com tal importância que havia ainda algumas subdivisões dentro dessa matéria, sendo a saber, COMPOSIÇÃO MANUAL, LINOTIPIA E IMPRESSÃO TIPOGRÁFICA.
Três matérias dentro de um tópico em que, naquela época, dizia-se em extinção. Que sentido isso poderia fazer?
Não sei se propositalmente, ou acidentalmente, mas crendo mais na primeira que na segunda, a escola acertou em nos dar toda essa bagagem.
Não dá pra deixar de lado um princípio que já era usado há 500 anos, e que até pouco menos de 10 anos (naquela época) ainda era usado em larga escala pra partir direto para seus sucessores.
Imagino (e me corrijam quem entende mais disso que eu) que seria como se eu fosse aprender telecomunicações sem falar do telefone convencional, do fax, do telégrafo. Nossa primeira aula seria sobre celular e internet.
O aprendizado da tipografia, mesmo eu nunca tendo usado isso na prática, me fez enxergar em três dimensões os princípios das artes gráficas. Hoje seria impossível entender de outra forma, porque tudo que eu tinha em minhas mãos, com a rama, tipos móveis e linhas de linotipo, hoje estão ao teclado, e dentro de um HD de computador. A não ser que tenham inventado novas técnicas de ensino ou que eu esteja muito enganado, nada poderá fazer você entender melhor os princípios das artes gráficas do que a tipografia.
Toda comunicação ocidental usa ainda hoje, conceitos que nasceram lá atrás, com Gutemberg. Até para escrever esse Blog, uso fonte tal e com tamanho X (determinado em pontos).
Essa expressão para determinar o tamanho da fonte - ou corpo da letra - (10 pontos, ou 12 pontos, 72 pontos), nasceu na tipografia, sendo o "ponto" uma subdivisão da Paica.
A tipografia, como processo industrial, tornou-se realmente obsoleta, e praticamente não existe mais. Mas sobrevive como arte. Praticamente todos os conceitos que conhecemos sobre desenho de tipologia, entrelinhamento, espaçamento, blocagem de textos, sentido de leitura, design de páginas, entre outros, nasceram na tipografia.
Quem gosta e nunca viu, deveria ver uma oficina tipográfica. É encantador.
Uma vida cheia de cores pra vc.
Bom carnaval!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Garilli Gráfica, 43 anos.


Há 43 anos a Garilli vem servindo a produção gráfica nacional.

Posso dizer que tenho orgulho de fazer parte dessa empresa.

Desde o ano 2000 represento a Garilli perante clientes importantes. Muitas vitórias, alguns tropeços, mas sempre percebo muita correção e caráter na condução dessa empresa, e é isso que me faz acreditar de verdade que meus clientes aqui sempre serão muito bem atendidos.

Venha fazer parte comigo dessa família.

Um abraço!